segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Insanidade

Como posso apaixonar-me por uma imagem?
Uma alguém que nem conheço, nem mesmo sei se realmente existe...
Mas esse seu sorriso... Meio tímido, meio reprimido, com um jeito misterioso...
Sorriso incerto, que parece ser para mim, que quase mostra seus dentes perfeitos e realça seus lábios convidativos...
Mas esse seu olhar, que sempre me mede de baixo em cima, e que sempre pára em meus olhos a fim de me confundir...
Esse olhar lindo, que olha por baixo, que nunca erra, que me faz tremer e perder a razão...
Mas essa sua pele...Linda, lisa, clara, uniforme...
Essa pele que parece ser macia e me enlouquece de vontade de tocá-la...
Imagino sua voz, e ela sempre me diz que me ama em meus sonhos mais loucos...
Não sei se isso é paixão, mas te desejo intensamente, insanamente, insistentemente...
Você está sempre lá, no seu lugar, sempre lindo, sempre igual, e deve achar graça de minhas loucuras a fim de te ver...
E deve rir-se por dentro quando o nervosismo me toma, e meus olhos fogem dos seus, e me perco em tudo o que estiver fazendo...
Nem sei o que está acontecendo comigo, mas te quero demais...
Tem razão aquele que diz que “o primeiro suspiro da paixão é o último da razão”, pois tantas loucuras faço para te ver, apenas para te ver, e quantas idiotices passo por te ver, apenas por te ver...
Onde se escondeu minha sanidade?
03/02/2008
Um rosto sem nome...
Um corpo sem cheiro...
Uma miragem...
Ver-te ao longe,
Por instantes,
Sem ter a certeza se era real...
Esbarrar no muro que separa meu mundo do teu...
Sentir que você nunca será meu...
Aquele sorriso meio imperfeito...
Quase perfeito...
Os teus olhos,
Que não encontraram os meus...
Será que tenho o direito
De acreditar que você existe?
Quem é você?
Teu nome eu sei...
Teu nome...
Apenas teu nome
E uma lembrança inexplicável
Resta em mim...
Teu rosto em mim...
E o medo dessa ilusão.
Um rosto sem nome...
Um corpo sem cheiro...
Uma miragem...
Ver-te ao longe
E querer tocar-te
Mas não poder nem
Aproximar-me...
Será que eu nunca mais te verei?
Será que tenho o direito
De acreditar que você existe?
Quem é você?
18-01-2008

Esqueci de perguntar a mim mesma o que queria, o que seria melhor pra mim...
Mas também não adiantaria...Nem eu mesma sei o que quero.
Tentei deixar que o vento levasse tudo, que o destino encaminhasse, mas foi pior.A minha vida não pode correr sem mim...Não há como deixar tudo acontecer sem mim, nem pausar somente nos momentos bons.
E agora esse medo de viver...
E essa dificuldade para saber decidir quem sou eu, e saber distinguir o que é melhor para mim.
E solidão!
Não sei onde busco forças para poder enfrentar a vida, pois dentro de mim já não há forças para mais nada. Pra falar a verdade, já até perdi o caminho de dentro de mim; e há muitas coisas lá dentro que é necessário arrumar... Muitas personalidades perdidas, esbarrando-se, muitos erros tão repetitivos, que eu mesma já não suporto...
O que fazer, já que não posso entregar simplesmente nas mãos do tempo e deixar a vida correr sem mim?...

Coração em desespero ®

Você está presente em mim, como está incrustado o sangue na carne na carne humana, e não sai, jamais…
Você me roubou de mim, ladrão inocente, que me carrega sem saber debaixo dos pés…
Você despencou minha alma ao abismo, e ainda estou caindo, sentindo o vento frio da morte me soprar aos ouvidos…
É inevitável essa dor te querer-te além da razão.
Inevitável essa angústia de nunca alcançar-te, de nunca poder tocar-te.
Meu coração não consegue livrar-me desse desespero qeu consome, que destrói, e você, para mim, tornou-se uma necessidade, mesmo que só uma imagem, mas eu preciso disso pra sobreviver.
Você impregnou os meus olhos, os caminhos onde busco encontrar-te…
VocÊ ficou como faca em meu peito, que não se puxa, que não se pode arrancar, pois abriu uma ferida escomunal. E a faca que não se puxa tapa a ferida que não sangra…Mas dói.
Você desamparou meu corpo; meus pés já não têm onde firmar-se…
Olho para o céu, em busca de uma luz para iluminar o caminho que devo trilhar, mas só vejo você, e as lágrimas saltam de meus olhos, como que tentando fugir de mim, da loucura que me consome. A angústia está cravada como uma estaca em mim. Sua imagem, desenhada nas nuvens, faz questão de enfatizar que terei que suportar a dor de não te ter, e isso machuca ainda mais.
Meu coração está ferido e não quer cicatrizar, o sangue não quer estancar, e você nem sequer estende-me a mão.
Será que você não se importa se vou morrer? Será que não sabe que minha cura é você?
Você penetrou na minha alma…Fundiu-se ao meu ser.
Como um rio, vezes caudaloso, vezes feroz, você corre por minhas veias, e tornou-se mais essencial que o próprio sangue…Misturou-se a ele.
Você ficou em meu cérebro, em cada pensamento meu…
Você ficou em todos os meus sentidos, na minha maneira de ver o mundo…
Você entrou pelos meus pés, subiu pelo meu corpo, preencheu-me de dor e angústia, de paixão e desespero, e não quer abandonar-me…
Você deixou de ser um humano, tornou-se de mil formas escritas em meus sonhos; Tomou-se de mil poderes, capaz de permanecer em mim e ao mesmo tempo em sua vida.
Você está em minha carne, em meus ossos, em cada milímetro de mim.
Você me desarma, faz sentir-me tão inocente, tão pequena…
Você frustou meus sonhos, desiludiu-me da vida…
Você está substituindo-me, e não a muito tempo daqui, em mim só restará você.
Você…lançou em meu coração esse interminável desesperto de amar-te!